Conversa entre Alberto Manguel e Ana Becciu sobre Alejandra Pizarnik
Ana María Becciu é uma poeta, professora e tradutora argentina. Reside em França desde 2002. Trabalhou como tradutora em organismos como as Nações Unidas. É ainda tradutora literária, tendo traduzido nomes como Djuna Barnes, Allen Ginsberg ou Tennessee Williams. Pertence à Associação Internacional de Escritores (PEN).
Foi responsável pela compilação da obra poética da escritora argentina Alejandra Pizarnik, publicada pela Editorial Lumen (Random House Mondadori) de Barcelona em três volumes – Poesia, Prosa e Diários – entre 2000 e 2002.
Alejandra Pizarnik (1936-1972) nasceu em Buenos Aires, filha de imigrantes judeus da Europa do Leste. Estudou Filosofia e Literatura na Universidade de Buenos Aires, mas desistiu para se dedicar à pintura e à poesia. Em 1960, mudou-se para Paris, onde se tornou amiga de escritores como Octavio Paz, Julio Cortázar e Silvina Ocampo. Considerada uma das mais marcantes poetas líricas argentinas da sua época, as suas influências artísticas eram autores como Hölderlin, Baudelaire, Nerval, Rimbaud, Lautréamont ou Artaud.
A obra poética de Pizarnik inclui os livros La tierra más ajena (1955), La última inocencia (1956), Las aventuras perdidas (1958), Árbol de Diana (1960), Los trabajos y las noches (1965), Extracción de la piedra de locura (1968) e El infierno musical (1971). Também publicou o ensaio La condesa sangrenta (1971), sobre uma condessa húngara do século XVI alegadamente responsável pela tortura e assassinato de mais de 600 raparigas. Morreu aos 36 anos. Em Portugal, foi recentemente publicada uma antologia poética pela Tinta-de-china.